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Grátis
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Abertura: 11.06 (SEX) // a partir das 15h 
Patente até: 25.07
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[Entrada Livre] 
 

Programa Paralelo*
Em Fluxo (Sessões de cinema & Conversa com Suzana Queiroga & Tales Frey)
23 de junho, às 17h 
21 de julho, às 21h 


Ao depurar um processo de criação iniciado em 2020, já em contexto da pandemia do covid-19, a artista luso-brasileira Suzana Queiroga idealizou uma grande instalação (ainda inédita) projetada especialmente para a sala de exposições do Maus Hábitos, extrapolando matrizes bidimensionais para gerar espacialidades e concretizações escultóricas, possibilitando diversos percursos factíveis ou imaginários. 
 
No ano passado, a artista deu início à série “O Mundo Segue Indiferente a Nós”, explorando inicialmente incisões em papéis para construir formas através de lacunas e, ao sobrepor as tais folhas em camadas, algo novo surgiu no seu decurso, confirmando tópicos já investigados anteriormente com relação aos traçados urbanos e fluxos variados, mas desta vez, captando sobretudo o conceito de tempo e infinito, concedendo visibilidade ao inefável, onde há um raciocínio visual que elucida um tempo que nos direciona a uma maior consciência sobre a nossa efemeridade e, também, sobre a urgência de uma cosmovisão, de uma noção sobre a nossa interdependência de um modo mais globalizado.
 
E se é da incisão na matéria que cada trabalho da artista se revela, é igualmente através da suspensão de cada plano recortado que nós podemos compreender possíveis denúncias nas cartografias reveladas nas suas criações de anos atrás, das quais a interferência humana em paisagens durante todo o processo de civilização – pautado na destruição e justificado como progresso – está impregnado. Neste sentido, a trajetória de Suzana Queiroga é continuamente decolonial.
 
E, nesta atual fase em que a matéria têxtil proporciona um acesso metafórico a um plano não terreno, a artista expõe o atual e trágico período de crise sanitária que atravessamos, delatando a desigualdade social gerada pelo funcionamento capitalista que hierarquiza vidas e, sobretudo, ao utilizar o feltro (um isolante térmico) como matéria da sua mais nova criação, Suzana comenta a circunstância vigente de isolamento em unidades familiares, espaços compartilhados de moradia, ou domicílios individuais, contudo também narra o permanente risco diante de um vírus que transpõe fronteiras.  
 
O projeto é uma reflexão sobre a fragilidade e brevidade da nossa existência e, embora destile certo ceticismo, não deixa de apontar caminhos lúdicos e subjetivos para destinos que transcendam a realidade. 

Tales Frey 
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Duração da sessão: 70'
Classificação etária: Livre
Sala de Espetáculos
Áudio: Português

Apresentação da Sessão: 
Nesta sessão composta por quatro vídeos e uma conversa entre a artista o curador, diferentes momentos da trajetória de Suzana Queiroga serão apresentados, considerando passagens desde o seu ingresso na Escola de Artes Visuais do Parque Lage no Rio de Janeiro e suas primeiras grandes produções nos anos de 1980 até a atualidade pandêmica de 2020/2021. 


Programa: 

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Sinopse: 
Sob uma perspectiva autobiográfica, este mini-documentário apresenta Suzana Queiroga, uma artista atuante desde os anos de 1980, cuja obra se caracteriza por uma grande variedade de meios, dentre eles pintura, desenho, escultura, instalação, performance e videoarte, explorando poéticas que atravessam as questões de fluxo, tempo e infinito.


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Sinopse: 
O teaser “Flutuo por Ti” é o resumo de um projeto ainda não finalizado para uma longa-metragem da artista, o qual envolverá uma série de voos de balões concebidos como proposições artísticas.

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Sinopse: 
O Projeto Olhos d’água ganhou o V Prêmio Marcantonio Vilaça/ FUNARTE em 2013 e o vídeo ganhou o prêmio Aquisição na XVIII Bienal de Cerveira de 2015.  
A exposição Olhos d’água, da qual este vídeo fez parte, foi uma grande homenagem ao meu pai, jovem português de 27 anos que morreu num acidente aéreo no Rio de Janeiro, Brasil, quando minha mãe estava grávida de mim.  Uma viagem inesperadamente interrompida. O vídeo traz uma simbologia complexa, o despedaçamento e dissolução do corpo no mar, o fado, a espera por alguém que jamais virá, o azul da Baía de Guanabara onde o avião mergulhou, e o azul que marcou a vida do meu pai, que utilizava a cor em desenhos e capas de diários.


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Sinopse: 
Partindo de uma relação com o infinito e com os desdobramentos e possibilidades a partir dele, em uma residência artística no Atelier da AIR 351 em Cascais, a artista Suzana Queiroga elabora uma série intitulada “O Mundo Segue Indiferente a Nós” a partir de incisões em papéis.

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BIOS
  vive entre Lisboa e Rio de Janeiro. Trabalha com uma grande variedade de meios, incluindo vídeos, performances, instalações, infláveis, pinturas, desenhos e esculturas. Suas poéticas atravessam as questões do fluxo, do tempo e do infinito. Em suas obras de grandes dimensões, a experiência de expansão dos sentidos pode gerar espaços de imersão coletiva. Obteve vários prêmios, no Brasil e em Portugal. Exposições recentes, em 2021, “Parque de esculturas no Jardim de Glaziou”, Palácio Ypiranga, Petrópolis, RJ, “Habito/Habitante, Cavalariças do Parque Lage, RJ, ; em 2020, Sem Limites, Fórum da Maia, Porto, Portugal, em 2019, “Rios do Rio”, Museu Histórico Nacional, RJ, “Cartography for Peace”, Sput&Nik the Window, Porto, Portugal; 2018, "Miradouro", Paço Imperial, RJ, ”Pinturas", Galeria Cassia Bomeny, artista convidada da XX Bienal Internacional de Cerveira", Portugal, "Open Studio", Air 351, Portugal; "Mulheres" na coleção do MAR, Museu de Arte do Rio, RJ, VI Prêmio Marcantonio Vilaça para as Artes Plásticas, MUBE, SP, XIX Bienal Internacional de Cerveira, Portugal; 2016, “Ah, Molécula!”, instalação inflável, Museu do Amanhã, RJ, “A Cor do Brasil”, no MAR, RJ. 2015, “ÁguaAr”, no CAAA, Guimarães e Prêmio Aquisição na XVIII Bienal de Cerveira, ambos em Portugal. 
 
Foi artista residente na AIR 351, Portugal, 2018/2020; CAAA, Guimarães, Portugal, 2015; IV Bienal del Fin del Mundo, Argentina, 2014; Instituto Hilda Hilst, São Paulo, 2013 e na Akademia der Bildenden der Künste Wien, Viena, Áustria, 2012.  
 
Possui obras em diversas coleções, coleção do MAM/Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, do MAC/Museu de Arte Contemporânea de Niterói, do MAR/Museu de Arte do Rio, do MNBA/Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, do ICRM/Casa Roberto Marinho, da Fundação Bienal de Cerveira, Portugal, da EAV/Parque Lage, da Fundação Museu Castro Maia, Museu da Chácara do Céu, entre outras.
 
  (Catanduva-São Paulo, 1982) é curador independente e artista transdisciplinar representado pela Galeria Verve de São Paulo. Vive e trabalha entre o Brasil e Portugal. Realiza criações amparadas tanto pelas artes visuais como cênicas, situadas no cruzamento entre a performance, o vídeo, a fotografia, o objeto, o adorno/indumento e a instrução.

É editor da revista Performatus, por meio da qual mantém coleção de arte, realiza uma série de eventos e publicações. Tales tem graduação em Artes Cênicas – Direção Teatral pela UFRJ, mestrado em Teoria e Crítica da Arte pela Universidade do Porto, doutorado em Estudos Teatrais e Performativos pela Universidade de Coimbra. Foi convidado para integrar o Grupo de Investigação em Estudos Artísticos como pesquisador sênior na Universidade do Minho. 

Tem apresentado seus trabalhos em diversos eventos e instituições nacionais e internacionais. Dentre eles: SESC no Brasil, The Kitchen e Sattelite Art Show em Nova York, Musée des Abattoirs em Toulouse na França, MACRO – Museo d’Arte Contemporanea di Roma, Centro Municipal de Arte Helio Oiticica no Rio de Janeiro, BienalSur em Buenos Aires, Akureyri Art Museum na Islândia, TSB Bank Wallace Arts Centre em Auckland na Nova Zelândia, Galeria Labirynt na Polônia, Defibrillator Gallery em Chicago, Galleria Moitre em Turim, Kuala Lumpur 7th Triennial – Barricade na Malásia, The Biennial 6th Bangkok Experimental Film Festival na Tailândia, entre outros. 

Algumas de suas criações integram permanentemente acervos públicos e privados, dentre eles: Museu Serralves e Museu Bienal de Cerveira em Portugal, MUNTREF em Buenos Aires, Pinacoteca João Nasser, MAC Niterói, MAM RJ e MAC USP no Brasil.
 

[EN]
O Mundo Segue Indiferente a Nós [The World Goes Indifferent to Us]
Curatorship by Tales Frey
Opening: June 11th (FRI) // after 3pm
Patente até: July 25th
artist: Suzana Queiroga
[Free Entrance] 
 
Parallel Program*
In Flow (Film Sessions & Talk with Suzana Queiroga & Tales Frey, in Portuguese)
Jun 23th, at 5pm
Jul 21th, at 9pm

When debugging a creative process started in 2020, already in the context of the covid-19 pandemic, the Portuguese-Brazilian artist Suzana Queiroga idealized a large installation (still unpublished) designed especially for the Maus Hábitos exhibition hall, extrapolating two-dimensional matrices to generate spatialities and sculptural achievements, allowing for various feasible or imaginary paths.
 
Last year, the artist started the series “The World Goes Indifferent to Us”, initially exploring incisions on paper to build shapes through gaps and, by superimposing these layers in layers, something new emerged in the course of it, confirming topics already previously investigated in relation to urban routes and varied flows, but this time, mainly capturing the concept of time and infinity, granting visibility to the ineffable, where there is a visual reasoning that elucidates a time that directs us to a greater awareness of our ephemerality and , also, about the urgency of a worldview [Weltanschauung], of a notion about our interdependence in a more globalized way.
 
And if it is from the incision in the material that each work of the artist is revealed, it is also through the suspension of each cut out plan that we can understand possible complaints in the cartographies revealed in her creations of years ago, of which human interference in landscapes throughout the The civilization process - based on destruction and justified as progress - is impregnated. In this sense, Suzana Queiroga's trajectory is continuously decolonial.
 
And, in this current phase in which the textile material provides metaphorical access to a non-earth plane, the artist exposes the current and tragic period of health crisis that we are going through, denouncing the social inequality generated by the capitalist functioning that hierarchizes lives and, above all, to the using felt (a thermal insulator) as the subject of her newest creation, Suzana comments on the current situation of isolation in family units, shared living spaces, or individual homes, yet she also narrates the permanent risk in the face of a virus that crosses borders.
 
The project is a reflection on the fragility and brevity of our existence and, although distilling a certain skepticism, it nevertheless points out ludic and subjective paths towards destinations that transcend reality.
Tales Frey
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Programa Paralelo

Total running time: 36'
Sala de Espetáculos
Audio: Portuguese 

Session Presentation: 
In this session consisting of four videos and a conversation between the artist and the curator, different moments of Suzana Queiroga's trajectory will be presented, considering passages since her admission to the School of Visual Arts of Parque Laje in Rio de Janeiro and her first major productions in the 1980s to the present pandemic of 2020/2021.

Program: 
Suzana Queiroga, 2015
Mini-documentary, 17'15''
Directed by Ana Dantas
Rio de Janeiro, Brazil
 
Synopsis: 
From an autobiographical perspective, this mini-documentary presents Suzana Queiroga, an artist active since the 1980s, whose work is characterized by a wide variety of media, among them painting, drawing, sculpture, installation, performance and video art, exploring poetics approaching the issues of flow, time and infinity.

Flutuo Por Ti (teaser), 2013
Video, 05'48''
Directed by Suzana Queiroga
Editing and post-production - Renato Vallone
Rio de Janeiro, Brazil
 
Synopsis: 
The teaser "Flutuo por Ti" is the summary of a not yet completed project for a feature film by the artist, which will involve a series of balloon flights conceived as artistic propositions.
 
Olhos D'água, 2013
Video, 6'59''
Directed by Suzana Queiroga
Cinematography - Mario Grisolli and Renato Vallone
Editing and post-production - Renato Vallone
Mixing - Nado Leal
Rio de Janeiro, Brazil
 
Synopsis: 
The Olhos d'água project won the V Marcantonio Vilaça/ FUNARTE Award in 2013 and the video won the Acquisition Award at the XVIII Cerveira Biennial in 2015.  
 
The Olhos d'água exhibition, which this video was a part of, was a great tribute to my father, a young 27-year-old Portuguese man who died in a plane crash in Rio de Janeiro, Brazil, when my mother was pregnant with me.  A unexpectedly interrupted journey. This video brings a complex symbology, the shattering and dissolution of his body in the sea, the fado, the waiting for someone who will never come back, the blue of Guanabara Bay where the plane crashed, and the blue that made its mark in my father's life, who used this color in his drawings and diary covers.

Suzana Queiroga: O Mundo Segue Indiferente a Nós, 2020
Video, 07'31''
Directed by Suzana Queiroga
Editing - Tales Frey
Lisbon, Portugal
 
Synopsis: 
Starting from a relationship with infinity and the unfoldings and possibilities thereof in an artistic residency at the Atelier of AIR 351 in Cascais, artist Suzana Queiroga elaborates a series entitled "O Mundo Segue Indiferente a Nós" from incisions on papers.
 
BIOS
Suzana Queiroga lives between Lisbon and Rio de Janeiro. She works with a wide variety of media, including videos, performances, installations, inflatables, paintings, drawings and sculptures. Her artistic poetics cross the issues of flow, time and infinity. In her large-scale works, the experience of expanding the senses can generate spaces for collective immersion. She won several art awards in Brazil and Portugal. Recent exhibitions, in 2020, Sem Limites, Maia’s Forum, Porto, Portugal, in 2019, “Rios do Rio”, Museu Histórico Nacional, RJ, “Cartography for Peace”, Sput & Nik the Window, Porto, Portugal; 2018, "Miradouro", Paço Imperial, RJ, ”Pinturas", Cassia Bomeny Gallery, guest artist at the XX Internacional Biennial of Cerveira ", Portugal," Open Studio ", Air 351, Portugal; "Women" in the MAR collection, Museum of Art of Rio, RJ, VI Marcantonio Vilaça Award for Plastic Arts, MUBE, SP, XIX International Biennial of Cerveira, Portugal; 2016, “Ah, Molécula!”, Inflatable installation, Museu do Amanhã, RJ, “A Cor do Brasil”, at MAR, RJ. 2015, “ÁguaAr”, at CAAA, Guimarães, and Acquisition Award at the XVIII Biennial of Cerveira, both in Portugal. She was a resident artist at AIR 351, Portugal, 2018, CAAA, Portugal, 2015, IV Bienal del Fin del Mundo, Argentina, in 2014, Instituto Hilda Hilst, São Paulo, in 2013 and at Akademia der Bildenden der Künste Wien, Vienna, Austria , 2012.

Tales Frey 
Tales Frey (Catanduva-São Paulo, 1982) is an independent curator and transdisciplinary artist represented by Galeria Verve de São Paulo. He lives and works between Brazil and Portugal. He creates artworks supported by both visual and scenic arts, located at the intersection between performance, video, photography, object, ornament/costumes and instruction.
He is the editor of the Performatus magazine, through which he maintains an art collection, holds a series of events and publications. He has a BA in Performing Arts - Theater Direction by UFRJ, MA degree in Theory and Criticism of Art from the University of Porto, PhD in Theater and Performance Studies from the University of Coimbra and a post-doctorate in Arts from the University of Minho, being invited to join the Research Group in Artistic Studies as a senior researcher at the latter institution.
He has presented his work at several national and international events and institutions. Among them: SESC in Brazil, The Kitchen and Sattelite Art Show in New York, Musée des Abattoirs in Toulouse in France, MACRO - Museo d'Arte Contemporanea di Roma, Helio Oiticica Municipal Art Center in Rio de Janeiro, BienalSur in Buenos Aires , Akureyri Art Museum in Iceland, TSB Bank Wallace Arts Center in Auckland in New Zealand, Labirynt Gallery in Poland, Defibrillator Gallery in Chicago, Galleria Moitre in Turin, Kuala Lumpur 7th Triennial - Barricade in Malaysia, The Biennial 6th Bangkok Experimental Film Festival at Thailand, among others.
Some of his works permanently integrate public and private collections, among them: Museu Serralves and Museu Bienal de Cerveira in Portugal, MUNTREF in Buenos Aires, Pinacoteca João Nasser, MAC Niterói, MAM Rio de Janeiro and MAC USP in Brazil.
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