Sábado, 29 de Maio, às 17h, inaugura uma nova exposição apoiada pelo Município de Viseu através do VISEU CULTURA: "Still Life Cities". Organizada pela CAVA.Galeria, esta é uma exposição de pintura da autoria de Margareth Lacerda. O momento de inauguração contará com a performance sonora de SAKAIA e a participação é gratuita. Contudo, carece de marcação prévia para o e-mail cava.galeria@gmail.com ou para o telemóvel 914 263 611 Este é um projeto que conta com o apoio financeiro da linha CRIAR do VISEU CULTURA 2021. #viseucultura #municipiodeviseu #visitviseu Still Life Cities Estes trabalhos desenvolveram-se entre fevereiro de 2020 a março de 2021. Exercitar e continuar a “sentir” o que está encoberto nas artérias das cidades, da minha relação com elas e do modo como elas respiram. São seres vivos que precisam de atenção e cuidado. Nas paredes, nas pedras da calçada, nos parques, por todo lado, existem histórias por contar. Na perambulação vadia, o que mais me intriga, é o lado enigmático de cada uma, seu lado obscuro, a parte daquilo que queremos esconder, o que não convém ser dito, o que se apaga e se cala, um tanto de amor, um tanto de ódio. O que precisa ser resgatado para sentirmos de que matéria são feitas as cidades? E já agora, porquê “still life”? Porque em pequenos detalhes do dia a dia, nos objetos à nossa volta, podemos ter um momento de encontro com o singular. Os pintores holandeses, no século XVII, já o sabiam. Chamavam a estas representações “stil leven”, mas os latinos traduziram incorretamente por “natureza morta”, modificando/eliminando o sentido de imanência do objeto representado. A ausência da figura humana está relacionada com os excessos – estamos em toda parte, somos egocêntricos, queremos tudo à nossa imagem. Mas os objetos, como produtos criados por estes corpos, estão lá. Umas vezes identificáveis, outras vezes, aparentes. Margareth C. Lacerda