Desde a Antiguidade, que o homem por infinitas razões, colecciona objectos e lhes atribui valor, seja afetivo, cultural ou simplesmente material, o que justifica a necessidade da sua preservação ao longo do tempo. Todas as colecções são diferentes e de algum modo derivam sempre de quem a constrói, deixando assim a sua marca na colecção. É indiscutível que o mundo da arte não existe sem artistas, mas também podemos perguntar o que aconteceria se não existissem coleccionadores? São eles os grandes consumidores, e consequentemente, os que mantêm o meio em funcionamento. Muitas vezes é notória a relação existente entre coleccionador e artista. Em Portugal, e no decorrer do séc. XX, várias colecções privadas foram sendo desenvolvidas, algumas até com a organização de núcleos específicos. No caso das colecções institucionais (muitas vezes associadas a grandes empresas e à Banca), estas, tiveram o seu início nos anos 80, altura em que se vivia alguma euforia em torno do mercado de arte. Olhando para as colecções privadas e institucionais, facilmente encontramos um conjunto significativo de obras que privilegiam o desenho como processo, e com isso é possível elencar alguns pontos que merecem uma maior atenção e ou reflexão nesse contexto. Como abordar a importância do desenho nas colecções de arte, independentemente do período histórico coleccionado? Qual a importância do desenho contemporâneo na relação com outras áreas da criação artística coleccionada, tais como a performance, a escultura, a pintura ou o vídeo, entre outras? E por último, o desenho como problemática da conservação preventiva no âmbito do acervo do coleccionador. Alexandre Baptista Convidados: João Silvério José Carlos Santana Pinto José Correia de Lima Entrada gratuita com inscrição obrigatória em https://forms.gle/fZmRNJyAfFkMDw2MA Café Concerto | 18h00 | Entrada gratuita mediante inscrição