19:00
CICLO DO LIMINAR #16 – Variações Sobre um Corpo

CICLO DO LIMINAR #16 – Variações Sobre um Corpo

3.5€
CICLO DO LIMINAR #16 – Variações Sobre um Corpo

Performance: MARIE ANTOINETTE (Mariana Dias Coutinho | António Guimarães Ferreira)
Fotografa:  VERA MATIAS SANTA-LÚCIA
Curadoria: SHIARON CAROLINA MONCALEANO

QUANDO | 29 de Maio 2021 
HORÁRIO | Duas sessões repetidas: 19:00 e 20:30 [approx. 40 min]
ENTRADA | 3,5€ [quota mensal de sócio]
RESERVAS | booking@zaratan.pt
APOIO | República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes 

O  ciclo Variações Sobre Um Corpo, com curadoria de Shiaron Carolina Moncaleano, o subtexto de um projecto maior nascido em Lisboa em Junho de 2016 desenvolvido pela Zaratan em colaboração com Bruno Humberto sob o título “Do Liminar”. Configura-se como é um espaço de experimentação artística que  promove a investigação independente sobre práticas performáticas na arte contemporânea. O erro, o inesperado e o inacabado encontram neste projecto um terreno fértil para a experimentação e o diálogo transdisciplinar através de momentos que se situam fora da oferta canônica do sistema da arte, auxiliando a reflexão entre artistas e criativos envolvidos em processos de pesquisa conjuntos. O foco está voltado para o estudo e a reviravolta de técnicas performativas através da sua desconstrução num diálogo interdisciplinar contínuo para descobrir outras possibilidades, novos desvios. Uma dinâmica que ganha vida nas águas incertas do inesperado. Esta série de eventos terá a sua trama desenhada a partir da coleção de poemas que deu o nome a este ciclo. Aliás, o título Variações Sobre Um Corpo é retirado da antologia homónima da poesia erótica contemporânea, nascida da colaboração do escultor José Rodrigues  com o poeta Eugénio de Andrade e o pintor Armando Alves.
Cada evento caracteriza-se pela forma diferenciada que os artistas terão ao abordar o tema, recorrendo a uma manobra de sobrescrita procurando activar as inúmeras leituras do dispositivo performativo. 
Como parte do ciclo do liminar e paralelo ao programa de performances, é convidados um fotógrafo, em cada edição, para criare um lastro, tradução, crítica livre que ganha a forma de publicação editada em papel. 
Este programa inicia-se com o colectivo MARIE ANTOINETTE (Mariana Dias Coutinho | António Guimarães Ferreira) e Vera Matias SANTA-LÚCIA que, em conjunto, transportarão o espectador para uma dimensão constituída por um registo de sons e vozes. 


“CORPO EM VARIAÇÃO” 
A performance “Corpo em Variação”, de MARIE ANTONIETTE nasceu da necessidade de reactivar o diálogo com o outro por meio da arte contemporânea. Como os poetas que fazem parte da antologia que dá vida a este projeto, esses artistas também usarão a palavra para tocar os acordes mais íntimos do nosso ser e saciar a fome de pele que toma conta das nossas entranhas desde o início da pandemia. Irão questionar as possíveis formas de reapropriação do contacto com os corpos também entendidos como alma, desenvolvendo um campo de treino para oferecer ferramentas e propor novas soluções. O contacto com o outro é uma necessidade primordial do ser humano e quando o toque físico não é possível, a palavra irá tocar-nos. O enredo criado por esses artistas irá compor uma dramaturgia sonora. Uma sinfonia composta por seis momentos, cada um dos quais questionando o conceito de corpo. Onde a visão e o tacto não podem mais chegar, a audição nos guiará nessa jornada. Vera, a fotógrafa convidada, também tratará a sua experiência como espectadora activa de cena por meio da técnica do Desenho Cego, registrando o que acontece no papel sem traduzir o que pensamos que vemos. Uma documentação desenvolvida no escuro que será testemunhada pelo ruído do riscar no papel que se misturará com a actuação de MARIE ANTOINETTE realizada em colaboração com o músico António Andrade Santos. Corpo em Variação é o título desta acção que ganha vida a partir das palavras de Adolfo Casais Monteiro, poeta português envolvido na antologia de poemas eróticos contemporâneos que dá o nome a este ciclo. Um corpo, certamente. Mas o que é um corpo? que abre o poema Céus em Fogo torna-se o ponto de partida desta coleção de ensaios musicais que constituem a performance. Uma dramaturgia sonora caracterizada por repetições, suspiros, ruídos que evidenciam o diálogo entre as propriedades plásticas e conceptuais da palavra e o seu carácter evocativo. As diferentes variações musicais irão guiar esta reflexão para repensar o que um corpo pode ser (ou sua ausência), testando e comparando conceitos e modos de estar em relação. A partir da audição, veículo escolhido para esta reflexão, os artistas vão transportar-nos para uma dimensão efémera de carácter introspectivo. Com a utilização de qualidades da poesia como rima, repetição, ritmo, associações e dissonâncias, Corpo em Variação pretende colocar em prática a sugestão do compositor KEITH JARRET para repensar os ouvidos como olhos. A necessidade de contato físico é sublimada pelas propriedades da voz e da fala que se tornam o veículo para ver e tocar. 

BIOGRAFIAS:

MARIE ANTOINETTE |  (Mariana Dias Coutinho | António Guimarães Ferreira) desenvolve
mecanismos relacionais e participativos para reflectir sobre modos de partilha de conhecimento, pesquisa e reciprocidade, integrando outros na procura de uma prática comum. Pensando possibilidades de espaços experimentais de coexistência e derivando pela ética do desconhecido, MARIE ANTOINETTE atua como um veículo de agregação para fomentar alternativas híbridas a relações convencionais, desiguais, autoritárias e individualistas envolvendo todas as formas de vida.

VERA MATIAS SANTA-LÚCIA | Vive e trabalha no Porto. Licenciou-se em Desenho de Cenografia pela Escola Superior de Música, Artes e Espectáculo do Instituto Politécnico do Porto e é mestre em Estudos Artísticos pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto. A investigação e pinturas que desenvolve debruçam-se sobre o conceito QUEER enquanto universo de margem, não se dirigindo necessariamente à comunidade LGBTQ. Com o contexto português como pano de fundo, move-se segundo uma ideologia/ estética de prazer que evita afirmações políticas.

ANTÓNIO ANDRADE SANTOS | Formou-se em Direcção Coral e Formação Musical na Escola Superior de Música de Lisboa e encontra-se actualmente a completar o Mestrado em Ensino de
Música, na área de especialização de Formação Musical, na mesma instituição. Trabalha regularmente na área do Teatro Musical como director musical, orquestrador, compositor e pianista. Participou em vários Teatros Musicais como Chicago (com Diogo Infante e Artur Guimarães), Alice e o país das maravilhas no gelo, Feiticeiro de Oz no gelo (com a produtora am-LIVE), Terra dos Sonhos (com Matilde Trocado e Artur Guimarães), The Portuguese (com a produtora plano 6), Uma Nêspera no C. (com Filipe Melo e Artur Guimarães), Era uma vez, Partimos.Vamos.Somos, Calcutá, Crónicas de Campo (com Matilde Trocado), Bocage (com Rita Ribeiro, Artur Guimarães e Tiago Pirralho), Vou Levar-te Comigo (com José Raposo e Vera Mónica), entre outros. Paralelamente, tem exercido funções docentes na Escola Superior de Música de Lisboa e na Escola Superior de Educação de Lisboa e como docente de teatro musical noutras instituições.



[English Version]

CICLO DO LIMINAR #16 – Variações Sobre um Corpo

Performance: MARIE ANTOINETTE (Mariana Dias Coutinho | António Guimarães Ferreira)
Photographer:  VERA MATIAS SANTA-LÚCIA
Curator: SHIARON CAROLINA MONCALEANO

WHEN | May 29, 2021 
SCHEDULE | Two repeated presentations: 19:00 e 20:30 [approx. 40 min]
ENTY | 3,5€ [monthly member fee]
SUPPORT | República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes 

The cycle Variações Sobre Um Corpo, curated by Shiaron Carolina Moncaleano, the subtext of a larger project born in Lisbon in June 2016 developed by Zaratan in collaboration with Bruno Humberto under the title “Do Liminar”. It is a platform for artistic experimentation that promotes independent research on performance practices in contemporary art. The error, the unexpected and the unfinished find in this project a fertile ground for experimentation and transdisciplinary dialogue through moments that are outside the canonical offer of the art system, helping the reflection between artists and creatives involved in joint research processes. The focus is on the study and the turning of performative techniques through their deconstruction in a continuous interdisciplinary dialogue to discover other possibilities, new deviations. A dynamic that comes to life in the uncertain waters of the unexpected. This series of events will have its plot drawn from the collection of poems that gave the name to this cycle. In fact, the title “Variações Sobre Um Corpo” is taken from the homonymous anthology of contemporary erotic poetry, born from the collaboration of the sculptor José Rodrigues with the poet Eugénio de Andrade, and by by the painter Armando Alves
Each event is characterized by the different form that the artists will take when approaching the theme, using an overwrite maneuver seeking to activate the countless readings of the performative device.
As part of the preliminary and parallel cycle of the performance program, a photographer is invited, in each edition, to create a free translation of the event that takes the form of publication edited on paper.
This program begins with the collective MARIE ANTOINETTE (Mariana Dias Coutinho | António Guimarães Ferreira) and VERA MATIAS SANTA-LÚCIA who, together, will transport the viewer to a dimension consisting of a register of sounds and voices.

“CORPO EM VARIAÇÃO” 
The performance was born with the need to reactivate the dialogue with the other through contemporary art. And like the poets who are part of the anthology from which this project comes to life, these artists will also use the word to touch the innermost chords of our being and satisfy the hunger for skin that has gripped our stomach since the pandemic broke out. They will question the possible ways of re-appropriating contact with the bodies also understood as the soul, developing a training ground in which to offer tools to consider new solutions.
Contact with others is also a primary need for the human being and where it is no longer possible to physically touch us, the word will touch us.The plot created by these artists will compose a sound dramaturgy. A symphony consisting of six moments, each of which will question the concept of the body. And where sight and touch can no longer reach, hearing will guide us on this journey. 
Vera, the guest photographer, will also translate her experience as an active spectator on the scene through the Blind Drawing technique, in order to be able to record what happens without translating on paper what you think you see. A documentation developed in the dark that will be witnessed by the noise of his strokes on paper and will merge with the performance of MARIE ANTOINETTE in collaboration with the musician António Andrade Santos.
“Corpo em Variação” is the title of this action that comes to life from the words of Adolfo Casais Monteiro, a Portuguese poet involved in the anthology of contemporary erotic poems from which this cycle takes its name. “Um corpo, certamente. Mas o que é um corpo?” which opens the poem Céus em Fogo becomes the starting point of this collection of musical essays that make up the fulcrum ofthe performance. 
A sound dramaturgy characterized by repetitions, sighs, noises highlighting the dialogue between the plastic and conceptual properties of the word and its evocative character. The different musical variations will guide us in the reflection to rethink what a body can be (or its absence), testing and comparing concepts and ways of being in-relationship. Drawing on the sense of hearing, the chosen vehicle for this reflection, the artists will transport us to an ephemeral dimension with an introspective character. 
With the use of typical qualities of poetry such as rhyme, repetitions, rhythm, associations and dissonances, Corpo em Variação aims to put into practice the suggestion of composer KEITH JARRET to rethink one's ears as eyes. The need for physical contact is sublimated in the facets of voice and speech that become the vehicle for seeing and touching.

BIOGRAFIAS:

MARIE ANTOINETTE |  (Mariana Dias Coutinho | António Guimarães Ferreira) develops relational and participatory mechanisms to reflect on ways of sharing knowledge, research and reciprocity, integrating others in the search for a common practice. Thinking about possibilities of experimental spaces for coexistence and deriving from the ethics of the unknown, MARIE ANTOINETTE acts as a vehicle of aggregation to foster hybrid alternatives to conventional, unequal, authoritarian and individualistic relationships involving all forms of life.

VERA MATIAS SANTA-LÚCIA | Vive e trabalha no Porto. Licenciou-se em Desenho de Cenografia pela Escola Superior de Música, Artes e Espectáculo do Instituto Politécnico do Porto e é mestre em Estudos Artísticos pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto. A investigação e pinturas que desenvolve debruçam-se sobre o conceito QUEER enquanto universo de margem, não se dirigindo necessariamente à comunidade LGBTQ. Com o contexto português como pano de fundo, move-se segundo uma ideologia/ estética de prazer que evita afirmações políticas.

ANTÓNIO ANDRADE SANTOS | Graduated in Choral Direction and Musical Formation at the Escola Superior de Música de Lisboa and is currently completing his Master's Degree in Music
Teaching, in the Music Education specialization area, at the same institution. He works regularly in the area of Musical Theater as a music director, orchestrator, composer and pianist. Participated in several Musical Theaters such as Chicago (with Diogo Infante and Artur Guimarães), Alice and Wonderland on Ice, Wizard of Oz on Ice (with producer am-LIVE), Terra dos Sonhos (with Matilde Trocado and Artur Guimarães) , The Portuguese (with the production plan 6), Uma Nêspera no C. (with Filipe Melo and Artur Guimarães), Once upon a time, We left, We are, Calcutta, Field Chronicles (with Matilde Trocado), Bocage (with Rita Ribeiro, Artur Guimarães and Tiago Pirralho), Vou Levar-te Comigo (with José Raposo and Vera Mónica), among others. At the same time, he has been teaching at the Escola Superior de Música in Lisbon and at the Escola Superior de Educação in Lisbon and as a teacher of musical theater in other institutions.
Recomendamos que confirme toda a informação junto do promotor oficial deste evento. Por favor contacte-nos se detectar que existe alguma informação incorrecta.
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