14:30 até às 17:30
Grupo de leitura Ecologia e Sociedade | Ecofascismo: Lecciones sobre la experiencia alemana de Janet Biehl e Peter Staudenmaier

Grupo de leitura Ecologia e Sociedade | Ecofascismo: Lecciones sobre la experiencia alemana de Janet Biehl e Peter Staudenmaier

Esta atividade realiza-se através da plataforma Zoom, sem inscrição obrigatória. 

https://us02web.zoom.us/j/82378060906?pwd=bERMeEk5ZG8yVFA3N3U2ZkZsT3orUT09

ID: 823 7806 0906 | Senha de acesso: 121817

Comentários: Mónica Soares (CES), Marcela Uchôa (IEF-UC), Jonas Van Vossole (CES) 

Moderação: Gustavo García López (CES)


Resumo

A ecologia não pertence forçosamente à esquerda, nem a direita é totalmente negacionista de uma agenda ecológica e das alterações climáticas. Discutivelmente, o gérmen da força política dos repertórios ecologistas não se articula necessariamente numa linha progressista e/ou revolucionária. Este livro toma, a partir de um trabalho documental detalhado, o caso do enlace bem-sucedido, tanto ideológico como governamental, entre o nacional-socialismo e a ecologia. Os autores mostram como o movimento nazi teve como pilares organizativos a agricultura orgânica, o vegetarianismo e o culto da natureza, ao ponto que estas temáticas eram, desde logo, promovidas pelas organizações juvenis hitlerianas.

Cada vez mais assiduamente e de formas invulgares assistimos a uma clara convergência de discursos ecologistas com perspectivas sociopolíticas reacionárias e neoconservadoras. Nesse sentido, os autores do livro alertam para não considerar o ecofascismo um resquício histórico. Há que pensá-lo para além da Alemanha e do nazismo da primeira metade do século, colocando-o na ordem do dia como uma realidade flagrante e periclitante. Em Portugal, por exemplo, não se pode deixar de lado que o salazarismo teve no centro ideológico uma vida austera rural de apego à terra. Na Europa de hoje assistimos a um giro de certos partidos de extrema-direita para repertórios ecologistas (e.g., Rassemblement National na França) que os reivindicam ao propor o incentivo do consumo de produtos locais, a redução das emissões de CO2, a adoção de uma vida mais sustentável, e de menor mobilidade, assim como ressaltando o apego à terra. Também várias experiências comunitárias, articuladas autonomamente com vista ao desenvolvimento de formas de vida sustentáveis, tiveram e têm cada vez mais afinidades ideológicas com a extrema-direita.

Como roteiro da sessão, prevemos que cada um dos intervenientes apresente, respetivamente, cada um dos três capítulos do livro. Seguidamente promover-se-á um debate sobre as possíveis articulações que o ecofascismo pode tomar nos dias de hoje, nomeadamente no vertebrar do sujeito político ecologista, assim como pensar em possíveis caminhos para reivindicação das questões ecológicas sob um ponto de vista antifascista.
Recomendamos que confirme toda a informação junto do promotor oficial deste evento. Por favor contacte-nos se detectar que existe alguma informação incorrecta.
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