"Não vamos fazer da raposa princesinha ou personagem histórica. É nosso dever não falsificá-la." Aquilino Ribeiro Uma história de sobrevivência contada em harmonia com as leis da Poesia e da Ciência Natural. Uma Raposeta sai contrafeita do conforto da toca de seus pais e faz-se à vida, que remédio!!! Pelo caminho encontra texugos, ursos, lobos, mais raposas, e o temível bicho homem. Pilha galinhas, aldraba tudo e todos, papa lebres e lagartixas, amanha-se como pode… apaixona-se, caça, diverte-se, tem filhotes, enviúva. Sozinha cria os filhos, enfrenta perigosas armadilhas, cresce, cresce mais… senhora da sabedoria dos saltimbancos, já velhota é curandeira… livra a floresta da praga das pulgas, já não caça senão grilos, alimenta-se do pagamento dos seus trabalhos, a floresta precisa dela. À sua maneira é mestre-escola, ensina os pequenos raposinhos, como pode, a não caírem nas mãos do pior inimigo, o Homem. Vive ainda muitos anos, a Salta Pocinhas, muito querida dos raposinhos a quem conta lindas histórias que começam assim: Uma vez tínhamos ido assaltar o poleiro do Juiz de paz… O ESPECTÁCULO A Adaptação Esta adaptação da notável obra de Aquilino Ribeiro terá como principal preocupação a salvaguarda das palavras e da voz do autor. Veicular a escrita de Aquilino - recheada de expressões idiomáticas que as novas gerações, sobretudo as urbanas, ou não conhecem ou foram esquecendo - será o principal objectivo da adaptação. A Música A composição original de Paulo Curado para uma formação de Câmara (7 Instrumentos) terá como objectivo acompanhar todo o espectáculo, criando ambientes, horas do dia, sugerindo espaços, tensões, caracterizando animais. Mais do que um conjunto de canções que ajudem a definir personagens ou cenas, pretende-se aqui uma partitura musical que instale em cena a floresta e as tensões sociais que Aquilino propõe na obra. O Guarda Roupa Seguindo a sugestão de Aquilino - que humaniza as personagens, vestindo-as - a criação de Barbara Feio irá no sentido de sugerir animais que se vestem como pessoas, ou pessoas que têm um animal dentro. Nesse sentido os figurinos apresentarão apontamentos do animal que se pretende caracterizar. O Envolvimento Plástico O Cenário de Marta F. Da Silva instalará em cena um apontamento da floresta. É um espaço que se pretende versátil e transformável nos vários espaços necessários ao desenvolvimento da narrativa, sendo assim por definição, um espaço de sonho, não realista e que permita ao público a abstracção necessária para embarcar numa aventura do tempo em que os animais falavam. Ficha Artística e Técnica Texto Aquilino Ribeiro | Rita Lello Encenação e Dramaturgia Rita Lello Música Original Paulo Curado Cenografia Marta Fernandes da Silva Guarda Roupa Bárbara Gonzalez Feio Elenco Vânia Naia | Adérito Lopes | Susana Costa | Sérgio Moras | Ruben Garcia Direcção Plástica Rita Lello Luminotecnia Fernando Belo Operação de Som Ricardo Santos Relações Públicas e Produção Elsa Lourenço, Inês Costa Secretariado Maria Navarro Costureira Iracy Ramos Design Gráfico Inês Costa Fotografias MEF - Movimento de Expressão Fotográfica M/6 Duração do espectáculo: 1h15m com intervalo Horários: 5 de Abril a 20 de Abril, Quarta a Sexta às 15h00 Sábados e Domingos às 11h00 Bilhetes: 7,50€ Disponível por marcação para escolas/grupos/aniversários Informações e Reservas: 21 396 53 60/ 52 75/ 913341687 bilheteira@abarraca.com