21:30 até às 00:30
Sapato 43 apresenta... ciclo cinema e mulheres

Sapato 43 apresenta... ciclo cinema e mulheres

Cinema e mulheres regressa todas as quintas-feiras do mês de Abril desta vez no Gato Vadio. Vamos nos reencontrar com Virginia Woolf, Louise Michel, Hannah Arendt e avós da guerrilha, mas também com Mrs Dalloway, Louise (aka Jean-Pierre) e Michel (aka Cathy).


Quinta-feira  24 de Abril, 21:30h
"Vovós da Guerrilha.  Como viver neste mundo"(2012), de Ike Bertels, Holanda, 80’, VO Português, Yao, Nyanja / legendas Português

"Vovós da Guerrilha" é o último documentário de uma trilogia iniciada em 1984, com "Mulheres da Guerra", continuada em 1994 com «Pensão de Guerrilha». «Vovós da guerrilha» leva-nos a revisitar as três mulheres moçambicanas - Amélia Omar, Mónica Chitupila e Maria Sulila - que participaram na luta pela independência de Moçambique  nos anos sessenta e cuja imagem de três raparigas no mato motivou o trabalho de Ike Bertels. É um olhar simples e sensível sobre as vivências destas mulheres e dos seus próximos. A câmara segue-as da cidade até ao campo num vai e vem de vozes do presente acompanhando vozes da memória. «Como viver neste mundo» soa tanto como uma possibilidade, como uma pergunta e «este mundo» é aquele que partilhamos independentemente das fronteiras.

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Quinta-feira 3 de Abril 
"As Horas" (2002), de Stephen Daldry, 1h50, drama, inglês com legendas em português. Uma longa metragem anglo-americana com base no livro homónimo de Michael Cunningham, constituindo uma homenagem ao livro de Virginia Woolf, cujo título inicial era precisamente «as horas», mas que ficou para a história da literatura como "Mrs Dalloway".

Em 1941 Virginia Woolf sai de casa, enche os bolsos de pedras e entra no rio. Assim é introduzida a história orquestrada em três tempos, três espaços e três mulheres vinculadas a um livro. Em 1923, Virginia Woolf, em Inglaterra, escreve "Mrs. Dalloway". Nos anos 50, Laura Brown, em Los Angeles, lê "Mrs Dalloway". No final do século XX, em Nova Iorque, Clarissa Vaughn, tal como Mrs Dalloway, sai de casa para comprar flores.

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Quinta-feira  10 de Abril, 21:30h
Louise Michel (2008) de Gustave de Kervem e Benoît Delépine, 1h30. Francês com legendas em português.

«Agora que sabemos
Que os ricos são gatunos
Se os nossos pais e as nossas mães
Não conseguiram varrê-los da terra
Nós, quando crescermos,
Faremos deles carne picada. »

Quando a fábrica vai à falência, as trabalhadoras decidem que a mísera indemnização servirá para matar o patrão.
Louise (aka Jean-Pierre) fica encarregue de procurar um profissional. Encontra Michel (aka Cathy), mas será que conseguirão descobrir quem é o patrão?
Uma pérola de humor negro, evocando a anarquista da comuna de Paris (1871) Louise Michel, onde o desespero da miséria se revela por pinceladas surrealistas, chavões da teoria da conspiração e uma reflexão sobre as questões de género.
excerto: http://www.vodkaster.com/Films/Louise-Michel/21777

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Quinta-feira  17 de Abril, 21:30h
Hannah Arendt (2012) de Margarethe von Trotta (109'), inglês com legendas em português.

Um filme. Duas mulheres.
Duas mulheres de um mesmo espaço geográfico: Alemanha.
Duas mulheres de tempos diferentes. Duas mulheres de duas gerações.
Dois aspectos que só por si problematizam questões de género, de poder e de política. Tendo em conta uma questão subjacente, mas premente em todo o filme, que podemos resumir nestas palavras de Heidegger (1954) « (...)ainda não começámos a pensar». É isso mesmo a proposta de von Trotta e de Hannah Arendt, i.e., sim, já começámos a pensar!
Dois conceitos.
Primeiro: a natureza do mal não é radical, é extrema e, segundo, antes de qualquer pertença «local» ou «íntima» o que nos pertence a todos é a nossa humanidade partilhada. Vindo de duas mulheres de tempos diferentes, ainda são dois conceitos dificilmente percebidos num mundo assente num maniqueísmo insistente, persistente, imponente e poderosamente masculino!
A história, antes de ser a vida de Hannah Arendt, como o título do filme sugere, que obviamente não se resume ao momento do julgamento de Eichmann em Jerusalém, conta a história de um pensamento de uma mulher amante e amada de Heidegger, companheira e esposa de Günther Stern (aka Günther Anders), amiga de Walter Benjamin, contemporânea de grandes pensadores, e diz-nos: «Sim, já começámos a pensar!» mexendo na dolorosa ferida dos enganos e desilusões perpetuados pelo mundo ocidental. 

trailer: http://youtu.be/HHzVOBMMGqc

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