23:45 até às 06:00
Heidi presents The Jackathon com Heidi & Jackmaster

Heidi presents The Jackathon com Heidi & Jackmaster

Heidi

É fácil cair na tentação de tentar arranjar algo de transcendente para falar de música de dança e, em especial, de DJs. E se por vezes é acertado fazê-lo (ou tentar fazê-lo), por outras é de agradecer que existam DJs como Heidi, que não tem rodeios acerca do que faz, e que o faz parecer tão fácil: ela põe música para pessoas que se querem divertir e dançar em salas escuras. Horas e horas a fio. A descrição é feita pela própria, e o que peca por simplicidade, ganha em brutal honestidade.

Cresceu em Toronto numa dieta de Hip-Hop e Electro, criou-se por detrás do balcão da loja de discos Phonica em Londres. Nesta altura, já o House se havia tornado o principal elemento na sua vida. Descoberta pelos M.A.N.D.Y (Get Physical) em 2006, salta para a ribalta, é convidada pela BBC Radio 1 para um programa de rádio que até hoje mantém, e começa a promover as suas festas JACKATHON. Não podia haver um nome mais apropriado para estes eventos, se pensarmos nas icónicas palavras de Chuck Roberts, repetidas persistentemente até aos dias de hoje: “Jack is the one who gives you the power to jack your body!”. E não quer Heidi outra coisa. O conceito “JACKATHON” (que entretanto se transformou em editora e já lançou desde Maya Jane Coles a Miss Kittin e Marc Houle) junta a sua energia à de convidados escolhidos a dedo, para verdadeiras maratonas de dança que bem podiam rivalizar, em intensidade pelo menos, com as dos anos 30.  A linhagem musical da canadense percebe-se ao escutá-la: House Music a transbordar funk e groove (ou não fosse Prince um dos seus favoritos de sempre), numa cadência bem disposta com linhas de baixo massivas que fariam até um peregrino puritano ceder à tentação de abanar os quadris, e com um piscar de olho às influências mais “ghetto” ou “hip-house”. Heidi é um fenómeno que vive para a festa, é DJ até ao tutano e nada a satisfaz mais que deixar-nos felizes na pista. Haverá algo mais genuíno?
 - Inês Duarte


Jackmaster 

Até há cerca de três anos, numa fase em que já era bastante afamado no UK, mas ainda antes da explosão dessa fama e popularidade lhe ter tornado impossível ter tempo para manter tal actividade, Jackmaster tinha um hábito que diz muito da sua personalidade e forma de estar na música : comprava cervejas, chamava um grupo de amigos para sua casa e montava um stream na internet que permitia a quem assistisse vê-lo a passar discos na sala enquanto bebia e trocava piadas com os amigos. Verdadeiras “house parties” transmitidas para o mundo, só que, em vez de um qualquer “bedroom DJ” semi-anónimo, tinham como figura central um dos mais entusiasmantes e requisitados DJs das ilhas britânicas.

Hoje em dia, no essencial, Jack Revill mantém-se o mesmo. O objectivo do escocês continua a ser fazer a festa, seja na sala de estar ou em pistas onde se tornou habitué como a do Panorama Bar ou do londrino Fabric, instituição que lhe deu o tal empurrão para a fama com a compilação FabricLive 57 em 2011. Definindo-se a si mesmo, sem qualquer complexo, como um “party DJ”, a celebração corre-lhe no sangue desde que com 14 anos começou a trabalhar na famosa loja de discos da sua Glasgow natal, Rubadub. O seu salário : um disco por cada hora de trabalho. Podia não meter comida na mesa, mas convenhamos que para alguém que até na escola era provocado por não querer saber de mais nada a não ser música, providenciava excelente alimento para o espírito. Além disso, a dieta era variada, como são os seus DJ sets ainda hoje : o género não interessava, fosse house, techno, R&B, hip-hop, disco, garage ou grime, o que era importante era o nível de energia da música. Começar a misturar os discos era uma inevitabilidade e de tanto ouvir que tinha jeito para a coisa, aventurou-se a criar uma popular club night em Glasgow, Numbers, que foi a raiz da editora do mesmo nome que mantém com o parceiro Spencer e que já editou luminárias como DJ Pierre, Jamie xx, Jessie Ware, SBTRKT ou Mosca. Tudo isto construído a par de não precisar de se aventurar na produção, apenas como DJ, criando um paralelo curioso com outra figura de proa da electrónica actual do UK, Ben UFO.

Como já deve ter dado para perceber, a presença de Jackmaster nesta JACKATHON a convite de Heidi não nasce só da conveniente coincidência de se chamar Jack. Jack partilha com a Heidi o fascínio pelo passado da música de dança, com um olho virado para o futuro. De raridades da Dancemania até ao mais recente techno, passando por pop dos anos 80, tudo cabe nos seus estonteantes e ainda assim precisos sets, tenha 80BPM ou 160BPM. Para Jackmaster, a maratona faz-se de surpresas e sorrisos e a festa não pode parar. Como ele mesmo diz : “Dress to sweat”.
- Nuno Mendonça
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