23:45 até às 06:00
S T A R D U S T B A L L S com L.B. DUB CORP dj set (LUKE SLATER)

S T A R D U S T B A L L S com L.B. DUB CORP dj set (LUKE SLATER)

A premissa é intrigante: o Sr. Planetary Assault Systems a explorar as suas influências house, dub e africanas? Mas talvez não seja afinal assim tão estranho. Luke Slater será dos protagonistas da electrónica actual com raízes mais fascinantes e profundas e um passado (e também presente) mais diverso e brilhante. Por isso, quando alguém como ele manifesta intenções de voltar às suas fundações musicais e às da própria música de dança, e mostrar ao mundo uma nova face do seu trabalho, o mundo senta-se e presta atenção. Afinal, por vezes é importante voltar às nossas origens para reviver alegrias passadas e redescobrirmo-nos. 

Slater sempre teve uma predilecção para usar alter-egos no seu trabalho, socorrendo-se de uma miríade de nomes para dar largas às suas variadas pulsões criativas, praticamente sempre na área do techno e com Planetary Assault Systems como o seu mais famoso “nome de guerra”. Nessa qualidade, Slater é um dos pilares da história do techno do UK e também uma influência decisiva na sonoridade de nomes como Dettmann e Klock, não sendo por acaso que a Ostgut Tön o tenha adoptado como um dos seus nomes maiores. Em 2006 Slater criou o seu mais recente alter-ego, com o já de si sugestivo nome L.B. Dub Corp. As raras aparições deste projecto em edições em nome próprio ou remisturas na Ostgut, na Stroboscopic Artefacts e na Mote-Evolver do próprio Luke Slater, criaram uma espécie de culto que já permite dizer que L.B. Dub Corp é o mais popular dos seus projectos a seguir a P.A.S. e que culminou no final de 2013, com a edição de um álbum: “Unknown Origin” é o retrato fascinante de um artista a fazer uso de todos os seus recursos em áreas que podem supreender os mais incautos. Slater vai ao house de chicago, aos espaços do dub jamaicano e à percussões africanas e recorre a street-poetry e luminosas linhas de piano e sintetizador ao longo do álbum, mostrando um trabalho policromático que contrasta vivamente com a paleta de cinzas e negrume que tinge o seu trabalho mais recente no techno. Tudo assente num groove house rolante que mais depressa associamos ao Panorama Bar do que ao Berghain onde Slater habitualmente se move.

Tudo isto torna fascinante a ideia de assistirmos no Lux a um DJ set de Luke Slater enquanto LB Dub Corp. O próprio Luke prefere chamar-lhe até uma espécie de “LB Dub Corp experience” e um recente podcast para o Resident Advisor a que chamou “L.B. Dub Corp Vs. PAS” deixou pistas adicionais. Espere-se então muito house, mas house como ele o vê, mais tecnóide ou mais dubby, mais tribal ou espacial, um passeio pelas histórias e memórias, pelo groove fundamental, de uma das figuras maiores da música de dança.
 - Nuno Mendonça
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