23:45 até às 06:00
RUSH | ANTHONY NAPLES • ROMARE (live) • SONJA

RUSH | ANTHONY NAPLES • ROMARE (live) • SONJA

ANTHONY NAPLES

Faça você mesmo.
Diz-se que o House nasceu quando os miúdos com caixas de ritmos quiseram emular Disco usando apenas os sintetizadores que tinham.
Anthony Naples faz o que quer, com o que tem. Menos é mais e não é nos grandes estúdios que o vão encontrar de certeza, mas isso não significa que não esteja constantemente nos grandes palcos (ou, mais acertadamente, nas grandes cabines). Há quem brinque com a sua sonoridade e diga que é “outsider House”, House forasteiro. Talvez. Talvez um forasteiro da Florida que nos traz novas perspectivas sobre um género em mutação permanente. Das influências de Arthur Russell ou Madlib até “Body Pill”, álbum de estreia “apadrinhado” por Four Tet na sua Text Records, muito saiu da mente de Anthony, que se foi afirmando como dono de um som cru e sujo mas ao mesmo tempo encantadoramente melódico. Entretanto convidado a mostrar-se mais como DJ, fala da arte de fazer dançar os outros com a sua selecção de discos de forma especial. É, afinal, bastante recompensador investir tempo e dinheiro em busca de música e poder partilhá-la com as pistas. E o resultado de nos fazer felizes com o tema certo na altura certa é, como ele próprio diz, algo que apenas se pode partilhar através de emoções e não de palavras.
- Inês Duarte


ROMARE

Apropriações e re-apropriações.
Romare é Archie Farnhurst, é de Londres mas podia perfeitamente ter nascido no novo mundo do outro lado do oceano. Estudioso de uma cultura que não a evidentemente sua, é com meditações sobre o afrocentrismo que se estreia nas edições em 2012, e no ano seguinte mostra-nos um apanhado de canções de amor com “Love Songs”, onde apanhou boleia da onda Bass (por mais vago que o termo seja) e fez descer uma febre às pistas de dança com “Your Love”, num inteligente reciclar de “Fever” de Peggy Lee. 
Acabado de sair pela lendária editora Ninja Tune está o primeiro longa duração: “Projections”. Romare parece ter um tema chave bastante definido para o álbum, construído em torno de samples e simbologias afro americanas, como canções de trabalho, lamentos de escravos e cânticos de esperança. Do Jazz bebe o contrabaixo e os metais, da tradição busca as percussões que mantêm o ritmo ordeiro. Com corta e cola quanto baste e as doses certas de batidas House e derivados, fez acontecer o que agora vem mostrar ao Lux e que tem arrancado elogios rasgados à crítica musical um pouco por toda a parte. Vale a pena espreitar as projecções de Romare, incursões a um passado que abre as portas da novidade.
 - Inês Duarte 


SONJA

O que esperar de uma mulher que cresceu num pedaço de terra rodeado de água e que, no entanto, percorreu quase todos os cantos do mundo? O que esperar de alguém cujos olhos conhecem tão bem a finitude como a imensidão? Absolutamente tudo. 
A noção de barreira não existe no vocabulário de Sonja e não é necessário ser-se íntimo para o perceber, basta estar atento ao seu percurso como DJ. Sempre que esta melómana assumida toca, temos a certeza que sairemos da sala surpreendidos, não fosse a sua mala de discos uma festa, onde tanto são convidadas de honra deusas do house espanhol, como techno-heads chineses que mais ninguém conhece, a não ser as suas próprias famílias. Desse conhecimento musical tão vasto, e da vontade de o partilhar, nasce na sua editora LABAREDA a tão essencial compilação Xina Eletronica, uma cassette com a etiqueta made in China que é já um objecto de culto e adoração, e um manifesto de Sonja ao seu amor pela música sem fronteiras. 
Não nos atrevemos a adivinhar o que Sonja trará para esta RUSH, mas acreditamos que transformará a pista do Lux numa enorme Torre de Babel virada para o Tejo. 
- Varela

~ 

ANTHONY NAPLES

Do it yourself.
It is said that House was born when kids with drum machines tried to emulate Disco using whatever synthesizers they had available.
Anthony Naples does what he wants, with whatever is available. Less is more and you won't find him in any big studios, but that doesn't mean he's not used to big stages (or big DJ booths). Some half-jokingly call his sound “Outsider House”. Perhaps it is. Perhaps this outsider from Florida is bringing us new perspectives on an ever evolving genre. From his early Arthur Russell and Madlib influences until “Body Pill”, the debut album on Four Tet's Text Records, a lot came out of Anthony's mind, who steadily became known for his raw and dirty, but wonderfully melodious, sound. Meanwhile invited to show the world more of his DJ side, he speaks in a special way of the art of making others dance through his record selections. It is, after all, very rewarding to invest time and money digging for music and then being able to share it with different dancefloors. And the result of making us happy with the right track at the right time is, as he says himself, something that can only be conveyed through emotions and not through any words.
 - Inês Duarte


ROMARE

Re-interpretations.
Romare is Archie Farnhurst, hailing from London but someone who could have just as well have been born in the new world across the ocean. Studious of a culture which is not his own, it is with a meditation about afrocentrism that his music is first released in 2012, with the following year seeing his Bass-heavy “Love Songs EP” spawn “Your Love”, a track that intelligently recycled Peggy Lee's “Fever” and took dancefloors by storm. 
Just out on the legendary Ninja Tune label is his first long play effort: “Projections”. Romare seems to have a key theme defined for the album, constructed around african american samples and symbols, such as working tunes, slave laments and chants of hope. From Jazz he imbibes double bass and brass sections, from tradition he seeks percussion to keep an orderly rhythm. With enough cut and paste and a right dose of House-esque beats, he created the record that has been gaining critical acclaim mostly everywhere and that he's now coming to perform at Lux. Projections from the past opening up the doors of novelty and uniqueness, definitely worth checking out.
 - Inês Duarte


SONJA 

What to expect from a woman who grew up in a small piece of land surrounded by water and yet traveled to almost every corner of the world? What to expect of someone whose eyes know finiteness as well wilderness? Absolutely everything.
Barriers doesn’t exist in Sonja’s vocabulary, and it isn’t necessary to be intimate to see it, just be aware of her career as a DJ. Whenever this assumed melomaniac plays, we are sure we will leave the room surprised, or wasn’t her records bag a party where both Spanish house goddesses and chinese techno-heads - unknown to everybody but their own families - alike are guests of honour. From that wide knowledge, and the willingness to share, emerges in her own record label LABAREDA, “Xina Eletronica”, a seminal compilation with music exclusively made in China which is already an object of worship as well as Sonja’s manifest to her love for music without borders. 
We don’t dare guessing what Sonja will bring to this RUSH, but one thing we believe, she will transform the dancefloor into a Tower of Babel facing the Tagus river. 
- Varela
Recomendamos que confirme toda a informação junto do promotor oficial deste evento. Por favor contacte-nos se detectar que existe alguma informação incorrecta.
Download App iOS
Viral Agenda App
Download App Android