23:45 até às 06:00
RUSH | PETER VAN HOESEN • CONFORCE (live) • KINETIC

RUSH | PETER VAN HOESEN • CONFORCE (live) • KINETIC

Peter Van Hoesen (Official)

Algo injustamente, a Bélgica não é um país que nos venha imediatamente à cabeça quando se fala de locais decisivos na história da música de dança. A maior parte das vezes a ideia que nos ocorrerá ao falar do país, anda à volta de cerveja, chocolates e batatas fritas. De certeza que para Peter Van Hoesen essas iguarias também têm a sua importância (embora, suspeitamos, em variações bastante psicadélicas), mas foi o fenómeno New Beat belga, uma mistura de rave, industrial e pós-punk, que fez explodir a imaginação de Van Hoesen quando iniciou a sua carreira na música em 1993.

Peter Van Hoesen tem uma bem significativa designação para aquilo que vem propondo desde então : “mental body music”. Techno que está no seu melhor quando o impacto físico da música é máximo, mas os seus detalhes pregam partidas aos nossos neurónios e sentidos. Ajuda por exemplo que Van Hoesen produza o que já chamaram de “algumas das linhas de baixo mais sujas da dance music”, mas não se entenda isto como força bruta. Pelo contrário, Peter entrelaça-as com uma riqueza sónica quase científica e mentalista que denunciam a sua experiência em sound design mais experimental para dança e teatro. Álbuns seus como Entropic City e Perceiver, lançados na sua Time To Express, estão longe de ser apenas colecções de “dancefloor bangers”, mas é na pista que melhor percebemos a missão que Van Hoesen definiu como “evocar aquela sensação que temos às 6 da manhã, quando o suor nos escorre pela cara, o nosso peito vibra, os strobes quase queimam, e só queremos mais e mais...”

Fica um aviso : por vezes Peter Van Hoesen pede luzes totalmente apagadas durante os seus sets. Desaconselhável portanto, para quem tem medo do escuro, mas irresistível para quem vive para a perdição sonora numa pista de dança. Abramos as portas da nossa percepção à magia negra de Peter Van Hoesen.
- Nuno Mendonça 


Conforce

Escapismo. Esta é uma ideia fulcral da música de Conforce. Fuga de tempo, lugar ou circunstância, abandono do seguro e já testado. Escape atingido com doses de músculo e cérebro q.b., em delicado mas bem conseguido equilíbrio. Uma mescla do familiar e futurista produzida pelas mãos de alguém com um domínio estético e técnico invulgares da linguagem clássica do techno de Detroit, mas cada vez mais lançado lá fora no desconhecido sideral.

Já desde 2007 que o reservado holandês Boris Bunnik espraia por EPs e álbuns cada vez mais cinemáticos e exploratórios, lançados em pilares da cena da Europeia como a Delsin ou a Clone, a sua abordagem envolvente de mundos ora claustrofóbicos e ameaçadores, ora esperançosos e de espaços abertos, colhendo elogios e fãs a cada edição e actuação. Se no início, e em especial no álbum “Escapism”, era notória a inspiração que Detroit e a Basic Channel lhe traziam, lançamentos posteriores culminando no mais recente LP “Kinetic Images”, vêem Conforce afirmar calmamente, “senhoras e senhores, estamos a flutuar no espaço”.

Esta verdadeira trip galáctica vai aterrar momentaneamente no Lux, com Boris apresentando em live-act a sua forma de dar novos mundos ao mundo. Uma epopeia rítmica construída para criar uma força centrífuga na pista do Lux, que nos deixará em órbita. Não importa o destino, só importa apreciar a viagem.
- Nuno Mendonça 


Kinetic
 
Kinetic é Nuno Mendonça, figura que ao longo dos últimos anos tem demonstrado uma atenção especial ao panorama Techno e apostado numa sonoridade que ainda há bem pouco tempo era deixada para trás pelas opiniões de muitos, mas hoje parece ter verdadeiramente estoirado no gosto comum.
Curiosamente, as suas pretensões a ser DJ nunca foram exactamente declaradas. Da partilha de mixtapes para os amigos e o circuito online, foi gerando um grupo de seguidores fiéis. Nos inícios eram as influências do fim da idade mais áurea do House Progressivo, quando este virou mais escuro e hipnótico. A progressão natural foi a da redescoberta do Techno – e muito por culpa de Peter Van Hoesen, companheiro de alinhamento nesta Rush.
A qualidade de trabalho apresentado fez com que desse por si tornado DJ no verdadeiro sentido da palavra, com convites para os principais clubes e festivais do país. Senhor de uma expressão narcótica e detalhada, enganam-se os que julgam que fica apenas pelas batidas mais serenas: é que Nuno, formado nas raves dos anos 90, sabe que também os discos de energia mais ousada têm o seu tempo e lugar. 
A descobrir ou a redescobrir.
- Inês Duarte 

~~

Peter Van Hoesen

Somewhat unfairly, Belgium isn´t the 1st place that comes to mind when we talk about key places in dance music history. More often, speaking about the country, we´ll think about beer, chocolates or fries. We´re sure those delicacies are also important to Peter Van Hoesen (although in rather psychedelic variations, we suspect), but it was in fact the Belgium New Beat phenomenon, a heady mix of rave, industrial and post-punk, which made his imagination explode when he set off on his career in music circa 1993.

Van Hoesen has a very meaningful way of describing the sound he´s been proposing since then : “mental body music”. Techno which is at it´s best when the physical impact of the music is at maximum level, but it´s details play tricks on your mind and senses. That mission statement is also helped by the fact that Van Hoesen has, according to some, “some of the dirtiest basslines in dance music”, but there´s lots more to him than forcefulness. In fact, Peter weaves into his music a precision-made sonic richness of mentalist levels, clear indicator of his experience in sound design for dance and theater. Albums like Entropic City or Perceiver were much more than collections of dancefloor bangers, but it is on the dancefloor we feel the full scope of what Van Hoesen defined as his label´s Time To Express motto : “the 6 A.M feeling (...) when strobes flash, your chest is rattling, salty sweat burns your eyes and you yearn for more…” 

We leave you with a warning : sometimes Peter Van Hoesen requests all lights out in the room while he´s playing. So, if you´re scared of the dark, this might not be the night for you, but it´s certainly the perfect occasion for those who live to get lost in a dancefloor. Let´s open our doors of perception, to the dark arts of Peter Van Hoesen.


Conforce

Escapism. It´s a fundamental idea in Conforce´s music. Evasion from time, place or circumstance, abandonment of the safe and tested. An escape achieved through well measured doses of muscle and brain, in a delicate but steady balance. A combination of the familiar and futuristic at the hands of an artist with an uncommon aesthetic and technical grasp of the classical Detroit techno stylings, but further and further putting himself out there in the great unknown of outer space.

Since 2007, through ever more cinematic and exploratory EPs and albums put out on pillars of the European scene like Delsin and Clone, the shy Dutchman Boris Bunnik has been spreading this engrossing approach to worlds sometimes menacing and claustrophobic, other times wide open and full of hope, garnering accolades and fans with each release and performance. In the beginning, and up until the “Escapism” LP, his Detroit and Basic Channel inspirations were noticeable, but later and more recent releases, culminating in 2013s “Kinetic Images” album, have found Conforce calmly but assuredly stating “ladies and gentlemen, we are floating in space”.

This veritable galactic trip now makes a stop off at Lux, with Boris presenting through his live-act, the worlds within worlds only he can create. A rhythmic journey built to set off a centrifugal force in the dancefloor which will shoot us off into orbit. The destination doesn´t matter. What matters is enjoying the ride.


Kinetic

Kinetic is Nuno Mendonça, a DJ who shows special attention towards the Techno panorama, betting on a sound that had been left behind by the tastes of many, but which today seems to have surely exploded in the popular opinion.
Oddly enough, he never explicitly intended to become a DJ. Simply by sharing mixtapes and podcasts with friends and an online circuit, a group of loyal followers was formed. In the beginning, his influences came mostly from the end of the golden era of Progressive House, when it was at its darkest and most hypnotic point. The natural progression led him towards a rediscovery of Techno – and Peter Van Hoesen, also playing at this Rush night, is mostly to blame.
The quality of his work led to invitations by Portugal’s main clubs and festivals, turning him into a full-blown disc jockey. Owner of a narcotic and detailed tone, one shouldn’t be fooled by thinking he doesn’t go much further: Nuno, who grew up attending 90s raves, knows that sometimes records that output a daring energy have their place, too.
This is a perfect opportunity to be submerged in his sounds.
Recomendamos que confirme toda a informação junto do promotor oficial deste evento. Por favor contacte-nos se detectar que existe alguma informação incorrecta.
Download App iOS
Viral Agenda App
Download App Android