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OMAR-S

OMAR-S

Às vezes, tudo o que é preciso é um ritmo cru, um groove filtrado, duas notas a fagulhar num disco. Às vezes, tudo o que é preciso é Omar-S a lembrar-nos que Detroit não morreu, pelo contrário, está viva e é vida connosco. O patrão da FXHE Records é prova dos frutos musicais que a cidade deu, desde o som Motown ao tornar-se no chão fértil para o Techno que acabaria por o mundo. 

Omar, rodeado por influências mais velhas, começou a misturar discos aos 12 anos. Com essa idade foi ao fundo das influências dos mestres de Chicago, o tempo e a vontade encarregaram-se do resto. Fiel às raízes e fazendo da autenticidade bandeira, começou a sua própria editora quando foi sistematicamente rejeitado por outras, onde já lançou desde Jus-Ed a Seth Troxler, mas prefere agarrar-se a um sentimento genuíno do que torná-la num escaparate de grandes nomes. Não se apoquenta com a cidade natal já pouco ou nada querer saber do Techno ou do House – jura que não quer viver noutro sítio, mas agradece poder tocar no resto do mundo inteiro.

Quase imune a modas e a tendências, admite não olhar muito para os outros, mas não deixa de elogiar DJs como Donato Dozzy ou os conterrâneos Theo Parrish e Kyle Hall. Assim é ele, autêntico, sem medos de ser polémico e de ser alguém que põe a música em primeiro lugar. Se ele gostar, vai tocar. E, em jeito de apropriação de um dos seus discos que mais se ouviu aqui pelo Lux (“Here Your Trance Now Dance”): eis Omar-S, agora dancem.
- Inês Duarte
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