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13 YEARS OF SONICULTURE

13 YEARS OF SONICULTURE

A Soniculture celebra o seu 13º aniversário com:
› Jon Gaiser (live)
› Adriana López 
› Expander 
› MANU (Soniculture) 


Adriana Lopez

Adriana Lopez é daquelas pessoas que, definitivamente, percebe que o mundo não é apenas preto ou branco, e faz questão de o pintar em múltiplas tonalidades de cinzento entre esses dois extremos, na sua arte. Se aplicarmos a sua filosofia musical ao mundo da fotografia, por exemplo, Adriana é definitivamente uma produtora de belíssimas, vivas e detalhadas imagens monocromáticas.

Esta postura é desde logo afirmada pelo trabalho emitido via a sua própria editora, não surpreendentemente chamada Grey Report, e estende-se aos lançamentos também realizados em editoras de respeito no techno mais underground, como a Modularz (de Developer) ou a Semantica, do espanhol Svreca. Discreta mas terrivelmente eficaz, esta colombiana há vários anos radicada em Barcelona, tem construído paulatinamente uma reputação inatacável num mundo conhecido pela sua “masculinidade” como o do techno, que já a levou a actuações no Berghain, Tresor (Berlim) e Corsica Studios (Londres) e a ser uma das DJs preferidas de Oscar Mulero (em cuja PoleGroup também já editou).

Comparações são sempre redutoras, mas se imaginarmos uma aplicada seguidora da escola Mills-iana no techno, com um toque distintamente latino, casado com uma técnica e savoir-faire invejáveis, andamos muito próximo de entender o toque cósmico e warehouse que Adriana Lopez promete emprestar a esta celebração da Soniculture. Adriana Lopez promete encher a disco do Lux de novas e absorventes cores e arquitecturas sonoras.


GAISER

O passado de Jon Gaiser como protegido de Richie Hawtin é bem conhecido. Oriundo da mesma zona geográfica dos EUA (o estado de Michigan, onde encontramos um dos berços do techno, Detroit), Gaiser tem raízes na cena punk da região, mas sucessivas viagens às festas do “homem de plástico” foram suficientemente fascinantes para a sua imaginação, ao ponto de induzirem nele o vícios pelas máquinas e ritmos do techno.

Depois variadíssimos lançamentos na M_nus de Hawtin, por vezes fugindo ao regime 4/4 do dancefloor como no seu projecto Void, Gaiser relocalizou-se para Berlim e aí descobriu novas vozes para se expressar artisticamente, construindo um nome com impacto que chegue para deixar de ser visto como “mais um” da família M_nus. A aposta tem compensado e seguir o seu percurso tem sido um exercício interessante de observação da criação de uma personalidade artística.

Nesta evolução, há coisas que Gaiser nunca perdeu, e uma série de outras que tem ganho. Continua lá a obsessão com as linhas de baixo fluídas, mas cheias como um refinado “iogurte com pedaços” musical, e as percussões agitadas e inventivas, mas a preencher os espaços entre estas, há uma nova musicalidade e diversas pinceladas quase etéreas a complementar o groove, abrindo uma nova dimensão ao seu trabalho. Com o álbum “False Light” de 2014 ainda fresco, a Soniculture e o Lux recebem o retorno de Gaiser de braços abertos, ansiosos para sabes novidades do lado mais bem disposto do techno.


Textos: Nuno Mendonça
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