20:00
Sólstafir + Obsidian Kingdom + Esben and the Witch

Sólstafir + Obsidian Kingdom + Esben and the Witch

“Soam como os Hellacopters se fossem para a escola de arte e 'metessem' Valium”. “Imaginem se os Nachtmystium, os Alice In Chains e os Neurosis se embebedassem a ouvir o «DCLXVI – To Ride and Shoot Straight And Speak The Truth» dos Entombed... Soa a algo semelhante!”. “Os Sigur Rós a tocar metal”. Elogios comuns, tão hiperbólicos quanto exagerados, para descrever uma troupe de cowboys islandeses que responde pelo nome SÓLSTAFIR. Um verdadeiro enigma no universo da música extrema atual, que não é fácil de descodificar na sua plenitude, mas a que ninguém que goste de metal que refuta clichés a favor de personalidade, se consegue manter indiferente. Senhores de uma identidade estética e criativa fora do comum, que os viu começar por fazer versões dos Darkthrone e agora se atreve a colocar, lado a lado, banjos e guitarras afiadas. É esse mundo de dicotomias, assim como uma enorme vontade de contagiar com a música que tocam, que vão trazer a Portugal naqueles que serão os primeiros concertos em nome próprio no nosso país; a 27 e 28 de Novembro no RCA Club e na Sala 2 do Hard Club, em Lisboa e no Porto respetivamente.

Para reduzir as coisas ao essencial, digamos que os SÓLSTAFIR são uma banda islandesa de metal, que se juntou em 1995 e, em 2014, lança o quinto álbum, tendo entretanto conquistado aplausos unânimes por parte do público e da imprensa ao longo de uma carreira sempre em crescendo e que, até ver, não revela sinais de abrandamento. O problema é que o quinteto de Reykjavik, por muito consensual que seja, é muito mais que “apenas” isso. Sim, são islandeses e tocam metal, mas muito à semelhança dos Ulver ou Katatonia, começaram por colocar um twist melódico e influências invulgares num sub-género estanque na génese, o black metal, em registos como «Í Blóði og Anda» e «Masterpiss Of Bitterness». Depois, de forma agressiva, evoluíram a um ponto onde as texturas e a melodia quase eclipsam a fúria de outros tempos. Quando atingiram a maioridade, com o surpreendente «Köld», de 2009, esses dois elementos díspares, mas complementares, entraram em choque com uma violência tal que obliteram todas as paredes estilísticas que ainda resistiam ao seu redor.

Desde que assumiu de uma vez por todas a natureza dicotómica da sua música, o quarteto não mais voltou a olhar para trás; numa busca que é muito sua, mas com que cada vez mais gente se identifica. «Svartir Sandar», o álbum-duplo de 2011, revelou uma atitude ainda mais arrojada e aventureira, com o grupo formado por Aðalbjörn Tryggvason (guitarra/voz), Sæþór Maríus Sæþórsson (guitarra), Svavar Austman (baixo) e Guðmundur Óli Pálmason (bateria) a mergulhar de cabeça nas hipóteses deixadas em aberto pela mutação anterior e a ampliar significativamente o raio de alcance da sua música. As cartas estavam, de resto, em cima da mesa há muito tempo. Desde os primórdios, quando ainda eram uma banda de black metal, os SÓLSTAFIR foram evoluindo progressivamente até se transformarem numa experiência sonora de tirar o fôlego, explosão de pós-metal com influências folk e uma natureza islandesa muito vincada. Agora acabam de lançar a continuação do mais ambicioso registo da sua carreira com «Ótta», mais um álbum de génio para catalogar como “sem limites”.

Os bilhetes para o concerto custam 15€, à venda a partir do dia 1 de Setembro, nos locais habituais. Reservas: Ticketline (1820 - http://www.ticketline.sapo.pt). Em Espanha: Break Point.
Recomendamos que confirme toda a informação junto do promotor oficial deste evento. Por favor contacte-nos se detectar que existe alguma informação incorrecta.
Download App iOS
Viral Agenda App
Download App Android