Num mundo onde a novidade se produz a 200 km por segundo, e a atenção do espectador se dispersa à mesma velocidade, aparecer numa lista uma palavra, com som e forma tão estranhos, como NGUZUNGUZU faz-nos arregalar os olhos. Mas, e não querendo desprezar a importância do nome, a dupla de produtores de Los Angeles, Daniel Pineda e Asma Maroof, é muito mais do que uma palavra atraente. Cabeças de cartaz da Fade To Mind e da Hippos In Tanks, embrulham-nos e atiram-nos para uma daquelas festas onde toda a gente dança com o corpo todo e com o corpo de todos, usando desde o vírus do house aos impulsos mais sexuais do zouk e da kizomba. A sua mestria no improviso e no corte com os cânones da música electrónica é refrescante e moderna, sem soar a modernice. Quem tem dúvidas pode ouvir os dois volumes da mixtape “Perfect Lullaby”, esse tratado do RnB contemporâneo onde tudo é possível, menos barreiras, ou então descer até à sala escura do Lux e deixar que o suor siga o seu percurso natural.
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